Hypocrisy – “Penetralia” (1992) (Relançamento 2023)
Nuclear Blast | Shinigami Records
#DeathMetal #BlackenedDeathMetal
Para fãs de: Deicide, Monstrosity, Malevolent Creation, Dismember
Texto por Ricardo L. Costa
Nota: 9,5
Em 92, o então efervescente cenário do Death Metal sueco, apresentava ao mundo um dos seus mais importantes e prolíficos representantes: o Hypocrisy.
O trio encabeçado por Peter Tägtgren (vocal e guitarra), à época, compunha toda sua sonoridade e estrutura baseada nos sórdidos e maléficos mandamentos do Death Metal genuíno, bem diferente da música atmosférica e rebuscada que vieram a apresentar posteriormente. “Penetralia”, o álbum em questão, é aclamado justamente por ser um trabalho honesto no alto da sua brutalidade lírica e, principalmente, sonora.
Incorporando influências da sonoridade americana ao tradicional estilo sueco de fazer Death Metal, “Penetralia” é uma ode ao peso e a agressividade dividida em 10 pequenos atos de inexorável destruição. A produção é correta, pontual, exalando a crueza da referida década e exaltando a densidade maligna das músicas.
“Penetralia” é um trabalho orgânico, visceral, repleto de riffs massacrantes, cozinha densa e precisa e um vocal aterrador a cargo de Masse Broberg (um sujeito que dispensa apresentações, vide sua trajetória com o Dark Funeral e tantas outras formações do gênero).
Assim sendo, nossos instintos mais primitivos são despertados ao som de “Impotent God”, já desmistificando de cara a figura onipotente de Deus, “Nightmare”, “Jesus Fall” (uma das mais rápidas e violentas do álbum, se aproximando perigosamente do Black Metal), “Left to Rot”, “To Scape is To Die” e tantas outras. Aqui não tem diplomacia ou panos quentes: é destruição na mais pura acepção do termo.
Enfim, “Penetralia” é referência máxima no estilo e serve de inspiração (ou ao menos deveria servir) para toda e qualquer banda que queira seguir em frente e abraçar o “Metal da Morte” como estilo de vida. Um disco para ocupar posição de destaque na sua coleção. Se você conhece, já sabe do que estou falando; se não, não perca tempo e devore cada segundo desse trabalho como se sua miserável e patética existência dependesse disso!