New Horizon – “Conquerors” (2024)

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New Horizon – “Conquerors” (2024)

Frontiers Music | Shinigami Records
#PowerMetal #HeavyMetal

Para fãs de: Edguy, Dynazty, Sabaton

Texto por Will Menezes

Nota: 9,0

“Se a vida te der limões…”
O New Horizon é um projeto bastante recente, formado em 2021 por alguns ex-integrantes do H.E.A.T. Com a saída precoce de Erik Grönwall para o Skid Row, o cofundador Jona Tee precisou improvisar uma limonada com os limões que o destino ofereceu. Assim, para o segundo álbum deste projeto, intitulado “Conquerors”, Tee contou com a poderosa voz de um velho amigo, Nils Molin, em plena ascensão pelos seus excelentes trabalhos recentes tanto no Amaranthe quanto no Dynazty.

No esgarçado e saturado cenário do power metal, bem sabemos como tem sido difícil ser surpreendido. As fórmulas se repetem, epígonos vazios do power noventista se espalharam como fogo em palha, e, ao longo do tempo, tudo se tornou bastante previsível.

Dito isso, ouvir um trabalho bem composto e executado com maestria é um refrigério para as nossas sofridas almas! “Conquerors” é um trabalho riquíssimo. Em primeiro lugar, pela sua natureza conceitual, que aborda os feitos e lendas de grandes conquistadores na nossa história. Tal qual a proposta do Sabaton, é um trabalho amplo e plural, abordando temáticas de tempos bíblicos com a excelente “King of the Kings”, passando por uma atmosfera oriental com a feroz “Daimyo”, até a mid-tempo “Apollo”, com uma temática imperialista político-militar mais moderna.

Em segundo lugar, precisamos falar sobre o instrumental… Que trabalho excelente de composição, execução e produção! O álbum conta com a contribuição de Georg Härnsten Egg (Dynazty) nas baterias, e linhas de guitarra maravilhosamente bem executadas pelo próprio Jona Tee, e pelos convidados Love Magnusson (Dynazty), e sessionistas Daniel Johansson e Laucha Figueroa. Não há prolixidade instrumental. Melodias bonitas, solos ferozes e dobras de guitarra bem compostas quando a harmonia pede, e composições mais diretas e concisas quando a estrutura musical exige. Teclados bem arranjados e colocados dão o toque de grandiosidade e cinematografia, como a cereja do bolo. E não me canso de me embasbacar com a ascensão de Nils Molin na cena do power. O cara tem uma usina nuclear na laringe! Ouça a espetacular “Before the Dawn” e tire suas conclusões, com uma aula de interpretação e capacidade vocal de Molin, numa atmosfera celta imersiva, que tem em seu ápice a participação da fantástica Elize Ryd.

E, na melhor ideia de “deixar o melhor pro final”, o fechar das cortinas vem ao som de um cover magistral de “Alexander the Great”, do Iron Maiden, em excelente timing com a turnê atual da Donzela, mostrando que é uma música que envelheceu como o melhor dos vinhos.

O álbum é homogêneo, agradável, com poucos momentos que permitem que nossa atenção se disperse. Todo esse conjunto deixa as músicas com uma roupagem única, sem mesmice, te carregando ao longo de uma audição agradável e interessante.

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