Obscura – “A Valediction” (2021)

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Obscura“A Valediction” (2021)
Nuclear Blast Records | Shinigami Records

#DeathMetal, #TechnicalDeathMetal

Para fãs de: Beyond Creation, Cynic, Death

Nota: 9,0

O Obscura sempre foi uma banda inovadora quanto a sua música. Ao longo dos anos eles se consolidaram dentro do Technical Death Metal e diante das poucas mudanças de formação eles lançam “A Valediction”, um álbum que reforça o porquê de serem tão importantes. O álbum é uma longa jornada selvagem explorando as novas possibilidades de música tecnicamente complexa sobre uma infinidade de influências musicais. Você pode ouvir uma variedade de influências musicais que vão desde o lendário Death até os sons massivamente hipnotizantes de Bach, evidentes nas intrincadas paisagens sonoras dos arranjos de guitarra.

“A Valediction” também marca uma espécie de volta para casa com o Obscura, com o retorno de Christian Münzner na guitarra e Jeroen Paul Thesseling no baixo – membros da formação ‘Cosmogenesis’ e ‘Omnivium’ junto com Steffen Kummerer. O que torna o som da banda surpreendentemente diferente, mas suavemente nostálgico, é a entrada do brilhante David Diepold trazendo seus loucos talentos de bateria para a mesa.

“Forsaken” é um pouco nostálgica dos dias de ‘Omnivium’, com o uso de violões, riffs sincopados cativantes, um ótimo baixo fletless e seções grooveadas de uma bateria na medida exata. Músicas como “Solaris” e a faixa-título nos remetem a sons muito familiares e inconfundíveis do Obscura. Um espaço sonoro explicitamente mais novo na música da banda é ouvido em “When Stars Collide” – uma faixa rápida absolutamente essencial com uma vibração que é realmente muito brilhante. Essa música também conta com vocais limpos de Bjorn “Speed” Strid, do Soilwork.

“The Beyond” é literalmente uma enorme parede de som. A bateria esmagadora, riffs semelhantes, um baixo que o puxa mais fundo e os solos lindos e harmonicamente ricos tornam essa música elegante. “Orbital Elements II” é música instrumental por excelência. As seções rítmicas de bom gosto, com espaços para grande quantidade de solos de guitarras, criam algo verdadeiramente único para os ouvintes.

Independentemente de ter um som muito complexo e rico desde o início, “A Valediction” é uma paisagem sonora muito madura e diversificada da banda. A composição soa orgânica e espontânea. A intenção e visão de abrir novas fronteiras na música como um todo são muito claras com o Obscura e “A Valediction” mostra isso sem perder tempo. Contando Fredrik Nordström na mixagem e masterização, o som do disco é uma experiência única. Um conjunto brilhante de músicos, juntamente com um gênio que pode moldar o som como uma forma de arte, faz do disco um registro de Metal absolutamente essencial para o gênero.

Lucas David

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