Overdose – Sesc Belenzinho, São Paulo/SP (26/05/2018)

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Banda principal: Overdose
Local: Sesc Belenzinho, São Paulo/SP
Data: 26/05/2018

Texto e fotos por William Ribas

Acredito que todo mundo que gosta de Heavy Metal, tem aquela banda que lançou um disco que te marcou, aquele que você lembra todos os detalhes da primeira vez que você deu o play, que você sonha em ver e ouvir ao vivo. Em 2017, para surpresa geral, o lendário grupo mineiro resolveu tirar o pó dos instrumentos e voltar à ativa e eu sempre ficava ali pentelhando; quando vai ter São Paulo, quando, quando, quando? Finalmente chegou o dia, 26 de maio e eu saí do ABC Paulista rumo ao show de trem, depois peguei o metrô, finalizando o percurso a pé e com a expectativa sempre ali, me consumindo. Era chegada a hora de ver a banda brasileira que mais quis ver em cima de um palco.

Chegando ao Sesc Belenzinho e ver a pouca quantidade de pessoas ali presente, me preocupou um pouco, era praticamente como estivéssemos indo para um ensaio, mas por sorte apareceram mais fãs e o local acabou ficando mais preenchido, mas longe de ser uma noite sold out, infelizmente. Por volta das 21:45, pude até que enfim presenciar uma das mais emblemáticas bandas brasileiras, já entrando e não deixando pedras sobre pedras. Bozó (Vocal), Claudio David (Guitarra), Sérgio Cichovicz (Guitarra), Bernardo Gosaric (Baixo) e Heitor Silva (Bateria) tiraram o caos que o Brasil está vivendo nas ruas e jogaram para dentro do Sesc com tamanha a fúria que fica difícil até de descrever.

O início com “The Front”, “Rio, Samba e Caju”, “Street Law” e “My Rage” deixou claro a proposta da banda, dar total ênfase nos álbuns “Progress Of Decadence” e “Scars”, que ao todo tiveram 9 músicas presente no set-list. Em “Zombie Factory”, só tive a reação de estraçalhar o meu pescoço, que inclusive está doendo até agora tamanha o momento intenso e insano que foi ver e ouvir está que é a música que me fez conhecer a banda. Por mais que músicas mais recentes proporcionavam rodas, agitação com o público respondendo à altura e em vários momentos gritos de “Overdose, Overdose, Overdose” ecoavam, era com clássicos que “bagulho” pegava fogo.

Indiscutivelmente, “Anjos do Apocalipse” e “Última Estrela” trouxeram lembranças de um começo rebelde, onde tudo era feito por paixão e vontade e não houve uma se quer alma naquele recinto que não tenha sentido orgulho de sair de casa e estar ali, mesmo com greve, paralisações, frio, para então voltar 3 décadas e simplesmente fazer parte de uma noite nada menos que histórica. Mesmo tendo ficado um longo período sem fazer shows, a banda continua extremamente afiada e relevante.

Obrigado, Overdose!

Setlist:

The Front
Rio, Samba e Caju
Street Law 
My Rage
Zombie Factory
Manipulated Reality
Children Of War
How To Pay
Faithfull Death
Favela
Anjos do Apocalipse
Última Noite

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