Pyramaze – “Bloodlines” (2023)
AFM Records
#SymphonicMetal #SymphonicPowerMetal
Para fãs de: Kamelot, Delain
Texto por Gustavo Maiato
Nota: 8,5
A banda dinamarquesa Pyramaze é uma das novas queridinhas do metal sinfônico e lançou o álbum “Bloodlines” seguindo uma linha conceitual na pegada do Kamelot. O que isso significa? Introduções mais retas com muito uso de teclado, versos em que a voz de Terje Haroy (rasgada, potente e às vezes indo para o agudo) sobressai e participação especial de Melissa Bonny – que está em turnê com a banda de Tommy Karevik.
“Allicance”, a balada com Bonny, aliás, é uma das mais agradáveis do disco, lembrando as boas trilhas sonoras de clássicos recentes da Disney, como “Frozen”. Já “The Midnight Sun” é uma das que se afasta um pouco da fórmula e aposta no groove das guitarras de Jacob Hansen, que acumula o cargo de baixista.
No começo, em “Taking What’s Mine”, entretanto, é onde vemos a alma atual do Pyramaze, com as camadas sinfônicas e o peso da guitarra em primeiro plano. O flerte com o progressivo acontece, mas mais no arranjo elaborado do que em tempos quebrados ou coisa que o valha.
O grande problema do disco é a ausência de músicas que despertem o ouvinte para algo diferente ou inusitado (tirando a música com Bonny). A atmosfera típica da fusão do power com o prog funciona até certo ponto, mas em “Broken Arrow”, por exemplo, já demonstra sinais de esgotamento.
Resta para os dinamarqueses buscar inspirações mais fora da caixa e buscar aí ingredientes que faltam para adicionar mais tempero e alma própria. Não que as músicas sejam ruins na essência, mas não conseguem despertar muita curiosidade por parte de quem ouve.