Royal Hunt – “2016” (2017)
Frontiers Records
#MelodicPowerMetal , #ProgressivePowerMetal , #HardRock
Nota: 8,0
Quem conhece minimamente o Royal Hunt, sabe que tudo o que eles fazem é bom. Mantendo a tradição de lançar discos ao vivo nos anos terminados com o numeral “6”, os caras lançaram ano passado o bom ao vivo “Cargo” e pra não deixar dúvidas, acabam de soltar mais um duplo ao vivo com o sugestivo título acima mencionado. Banda dinamarquesa formada pelo guitarrista/tecladista nascido na Rússia, André Andersen há quase 3 décadas, poucas bandas têm uma reputação com tantas mutações sonoras. Cada disco, novas experiências. Se no início da carreira, os caras eram tipicamente Hard Rock/AOR, hoje o lado mais progressivo do Heavy Metal, calcado em bandas como Symphony X, dão o tom das composições novas e também nas performances ao vivo, mostrando versões com roupagens diferentes das versões originais.
Algo interesse neste lançamento em CD duplo/DVD, é que temos músicas de todas as fases da carreira, muitas delas não gravadas originalmente pelo experiente e talentoso vocalista DC Cooper que após uma primeira passagem pela banda na década de 90, retornou ao seu posto recentemente gravando os últimos 3 álbuns de estúdio.
A gravação está impecável, e as linhas vocais de DC Cooper parecem ser feitas sob medida aos teclados e sintetizadores de Andre Andersen, às intrincadas linhas de guitarra de Jonas Larsen e a consistente cozinha de Andreas Passmark Privat (baixo) e Andreas Habo Johansson (bateria). Destaque para “Lies” uma das faixas mais pesadas já gravadas, as raízes Hard de “Flight”, “Wasted Time” e “Stranded” e “A Life to Die For” que ilustra bem as mais recentes experimentações do Royal Hunt, com Andre e DC Cooper dando o tom, além de lindos backing vocals (essa performance você pode ver no vídeo abaixo, caro leitor).
Altamente indicado aos fãs, o tracklist de 113 minutos de duração, pode soar cansativo em um primeiro momento, mas a audição é prazerosa, apesar da música ser complexa e cheia de detalhes. Depois de 2 discos ao vivo, na sequência, esperamos por um novo trabalho de estúdio, e quem sabe, shows no Brasil. Que assim seja!
Mauro Antunes