Russell/Guns – “Medusa” (2023)

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Russell/Guns – “Medusa” (2023)

Frontiers Music
#BluesRock #HardRock

Para fãs de: L.A. Guns, Great White, Led Zeppelin, Black Crowes

Texto por João Paulo Gomes

Nota: 6,5

Estamos diante de mais uma das dezenas de colaborações da Frontiers. Apesar da grande quantidade, raros são os casos em que essas colaborações possuem identidade própria. Mas isso realmente é difícil de acontecer por conta da forma com que elas são tratadas pela gravadora já que, em muitos projetos, os músicos não criam suas próprias canções e às vezes mal se encontram. Essa “configuração” faz com que essas colaborações, e por consequência suas canções, não possuam aquela fagulha transformadora capaz de fazer o fugaz ser duradouro.

Desta vez temos dois lendários personagens da cena Hard Rock dos anos 80 de Los Angeles, Jack Russell (Great White), sete anos após seu último álbum solo, e Tracii Guns (L.A. Guns, Contraband, Brides of Destruction, Sunbomb, Devil City Angels), se juntam a Johnny Martin (baixo: L.A. Guns) e Shane Fitzgibbon (bateria: L.A. Guns, Steve Vai). Até então a expectativa de juntar a crueza e “sujeira” de Guns com o Blues Rock de Russell estava lá em cima.

Mas então surge Alessandro Del Vecchio (teclados) no projeto. Não que ele seja mal músico, produtor ou algo parecido, muito pelo contrário. Mas a sua presença em 95% dos projetos da Frontiers acaba fazendo tudo soar parecido, ainda mais com o famoso “gerador de canções aleatórias para os projetos da Frontiers” funcionando a todo vapor.

Mas, pelo menos, energia é algo que não falta. Guns & Russel mantém seu compromisso com o Rock ‘N’ Roll e não desapontam os fãs do estilo desfilando diversão atrás de diversão e misturando modernidade com os inesquecíveis anos 80, principalmente na primeira metade, que possui muitos “altos” e poucos “baixos”, mas, infelizmente, como era de se esperar, as altas expectativas acabam não se cumprindo no decorrer do álbum.

Claro que Russel ainda emociona e que Guns é um monstro na guitarra, mas infelizmente as composições carecem da tal fagulha transformadora e acabam não marcando o ouvinte, apesar de todo o esforço dessa dupla mais do que especial.

“Medusa” possui algumas surpresas interessantes, mesmo estando muito aquém do talento de Russell & Guns. Mas acredito que algumas canções deixarão os fãs do estilo com um sorriso no rosto.

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