Vários – “Feraliminal Bowel Septico Gore Fetus” (Split) (2017)
Cemitério Records
#BrutalGoreGrind
Nota: 9,0
Se este cd fosse exclusivo de apenas qualquer uma das bandas escaladas, já teríamos podridão o suficiente para séculos de audições ininterruptas, mas a Cemitério Records resolveu ir além na escala de imundície e acaba de lançar um compilado do que há de.melhor (ou pior, depende do ponto de vista) na música extrema atual.
“Feraliminal Bowel Septico Gore Fetus” é um 5 way split cd contendo somente a nata do Goregrind mundial, portanto, esqueça pastos verdejantes e céu estrelado com uma bela lua cheia ao fundo. Aqui a desgraça, a degradação e a putrefação são em nível profissional. Todas as bandas convocadas compactuam de estilos semelhantes: Dead Fetus Collection, Gore, Septicopyemia, Feraliminal Lycanthropizer e Bowel Stew, portanto, nem vou esmiuçar acerca de cada formação, caso contrário teremos uma resenha quilométrica.
O Gore/Splatter/Death/Grind que perfaz este trabalho é do mais alto gabarito e proporciona ao ouvinte uma viagem ao mais sórdido, abjeto e perturbador universo. O material todo possui quase 1 hora de duração, sendo dividido em 30 faixas que farão o ouvinte questionar sua sanidade em meio a um oceano de vômito e demais excretas corpóreas. Aguente firme, pois eu mal comecei.
O trio do interior de São Paulo, Dead Fetus Collection, dá início aos trabalhos com seis faixas necróticas e pustulentas, forjadas no mais puro peso e distorção, abusando de tudo o que se pode imaginar dentro do gênero. Destaque para “Mycosis Fungoide”. A seguir temos os cariocas do Gore, uma verdadeira instituição mundial do estilo. São cinco faixas, sendo a última um compilado de faixas ao vivo. Pensa numa podreira intensa! Pensou? Eleva a quinta potência. Músicas extremamente sujas, abafadas e dissonantes, com destaque máximo para “Bloodbath in Killroom”.
Surge o Septicopyemia seguido do Feraliminal Lycanthropizer na sequencia e, por se tratar de duas bandas totalmente ignoradas por mim, pois nunca ao menos ouvi falar de ambas, ainda não tenho uma opinião formada acerca delas, mas posso dizer que me surpreenderam positivamente. Qualidade de gravação perfeita em ambas, o que evidencia um peso absurdo. Goregrind em nível primoroso, com destaques para “Rigor Coprophagy” (Septicopyemia) e “Critical Concentration of Gay Power” (Feraliminal Lycanthropizer).
Encerrando o trabalho com chave de “pús” temos os italianos mais malditos do mundo. O Bowel Stew já é velho conhecido no ramo, portanto é redundância enaltecê-lo. São cinco faixas dedicadas ao mais extremo odor nauseabundo cadavérico, destacando-se “Gauching Torture”. Encerramento digno, quase poético, de uma epopéia das mais brutais já vistas e ouvidas pelo homem.
Além de tudo que foi dito, o material foi lançado em uma luxuosa edição em slipcase, ostentando uma arte das mais repulsivas que se tem notícia. Um cuidado gráfico e sonoro incomum para bandas do estilo. Parabéns aos envolvidos, principalmente a Cemitério Records por ter culhões de aço inoxidável para tornar viável um projeto desse nível. Stay sick forever.
Nota do Redator: A capa deste lançamento é de um total mal gosto de tão nojenta, tão escabrosa, tão repugnante e tão podre que fomos obrigados a edita-la, mas caso você tenha estômago de mamute clique AQUI por sua conta e risco, e sinta o maior asco que sua vida teve a infelicidade de sentir até este momento. Johnny Z. (Redator-Chefe)
Ricardo L. Costa
