Decapitated – “Cancer Culture” (2022)

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Decapitated“Cancer Culture” (2022)
Nuclear Blast RecordsShinigami Records
#DeathMetal, #ExtremeMetal

Para fãs de: Krisiun, Nervochaos, Hate Eternal

Nota: 8,5

Antes de mais nada, quero deixar claro aqui que essa resenha vai se delinear apenas pela música do Decapitated. Que é de uma brutalidade e técnica absurdas, diga-se de passagem. todo fã de metal sabe do rolo que envolveu os membros do grupo e a tal acusação de estupro, que mostrou-se totalmente infundada, tanto que a queixa foi retirada. Dito isso, vamos ao que interessa, qual seja, “Cancer Culture”, o oitavo álbum de estúdio da banda fundada em 1996.

O Decapitated é um dos grupos que fazem, em sua essência, aquilo que convencionou-se chamar de Technical Death Metal. Mas, na verdade, o que o quarteto polonês faz é uma música extrema, brutal, pesada, e sim, bastante técnica. Rafal “Rasta” Piotroski (vocal, Waclaw “Vogg” Kieltyka (guitarra), Pawel Pasek (baixo) e James Stewart (bateria) trazem neste mais recente trabalho, 10 faixas (contando com a introdução “From the Nothingness With Love”, que é uma espécie de marcha que parece estar conduzindo os guerreiros ao campo de batalha), que mostram toda a qualidade e técnica de seus integrantes mas que não perdem as características bem pessoais do grupo que completa 26 anos de estrada.

Após a introdução, a faixa título derruba as estruturas de qualquer lugar com sua intensidade. A escola seguida pelo grupo vai além do death metal, pois se ouvirmos com atenção, encontramos algo de thrash metal e até mesmo, ainda que de forma muito, mas MUITO tímida, prog metal em suas estruturas. O guitarrista Vogg tem um ótimo timbre de guitarra, que soa bastante “limpa” para o estilo. Na sequência, “Justa a Cigarrete” é outro petardo, mas que possui passagens limpas e instigantes, para em seguida dar lugar a agressividade e raiva contidas nos vocais de Rasta. Apesar das poucas informações a respeito, tudo indica que o álbum, ainda que não seja conceitual, navega por um tema central, que é o câncer, visto os títulos das faixas.

“No Cure”, “Hello Death” e “Iconoclast” possuem uma brutalidade intensa, sendo que a segunda apresenta um trabalho insano e frenético de James Stewart e a última traz a participação de Robb Flynn (Machine Head). Ainda podemos destacar “Suicidal Space Programme”, cheia de viradas monumentais e com momentos mais arrastados cheios de groove e “Last Supper”, com aquelas já citadas pitadas de thrash metal. Depois de toda a tempestade que cercou o grupo em 2017, nada como um álbum intenso, pesado e brutal pra colocar tudo no lugar. Ou tirar, como você preferir.

Sergiomar Menezes

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