Dee Snider – “Leave A Scar” (2021)
Napalm Records | Hellion Records Brazil
#HeavyMetal, #HeavyRock, #HardRock
Para fãs de: Twisted Sister, Chrome Division, Dream Evil
Nota: 8,5
Sejamos sinceros: se tem um cara que realmente encarna o espírito do Rock N’ Roll, esse cara é DEE SNIDER! Não importa de onde vem o tornado, Dee encara de frente, sem medo das represálias, cancelamentos ou qualquer que seja a palavra da moda. Batendo de frente, seja com os democratas, seja com os republicanos, o norte americano sabe muito bem que o inimigo não tem apenas um lado. E isso deveria servir de exemplo pra muitos músicos por aí, inclusive alguns brasileiros que se dizem punks, mas posam ao lado de líderes de determinados partidos… Mas vamos falar de música. Aliás, de música da mais alta qualidade, pois é exatamente isso que temos em “Leave a Scar”, mais recente trabalho de Snider, sucessor do excelente “For the Love of Metal” (2018). E já posso adiantar que, se você gostou do anterior, irá curtir esse atual com a mesma intensidade.
Contando novamente com a produção de Jamey Jasta (Hatebreed) – ou seja, em time que está ganhando não se mexe – e com uma participação um tanto quanto peculiar, ainda que dentro do Heavy Metal – ninguém mais ninguém menos do que George “Corpsegrinder” Fischer, do Cannibal Corpse -, a verdade é que “Leave a Scar” é uma continuação natural do que Dee vem fazendo ultimamente. Recheado de momentos pesados mas também com outros repletos de melodia, o álbum mostra que existe, ainda, muita lenha pra queimar no que se refere ao amor e dedicação ao Heavy Metal por parte do vocalista.
“I Gotta Rock (Again)” abre o trabalho com os dois pés na porta!! Pesada, rápida e intensa, a faixa é um cartão de visitas mais que apropriado para o trabalho. Dee, que ostenta a idade de 66 anos, continua um excelente vocalista, ainda que estejamos falando de algo feito em estúdio. Assim como “All or Nothing More”, que traz consigo guitarras bem timbradas e detentoras de riffs pesados, totalmente heavy. Snider parece uma fonte inesgotável de criação, pois “Down But Never Out” mostra a versatilidade do músico. Basta ouvir as linhas de guitarra, que navegam pelo hard, heavy e, porque não dizer, até mesmo pleo thrash em determinadas passagens. E por falar em Hard, “Open Season” resgata uma veia mais Twisted Sister., com um andamento tipicamente anos 80.
Outros bons momentos são “Silent Battles” (riffs muito legais), “Time to Choose”, que traz a participação de Corpsegrinder, um tanto quanto inusitada, mas que se encaixou de forma precisa na faixa e “The Reckoning”, além da balada “Stand”.
Ainda que “Leave a Scar”, fique um pouco atrás de “For the Love of Metal”, é um trabalho que deverá figurar em algumas listas de melhores do ano em muitos sites e revistas especializadas. O que só vem a comprovar a importância e relevância de Dee Snider para o Heavy metal. Nada que todos já não saibam há muito tempo…
Sergiomar Menezes