Double Crush Syndrome – “Die For Rock N’ Roll” (2017)

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Double Crush Syndrome“Die For Rock N’ Roll” (2017)
NotGivingAsHit Records

Nota: 7,5

Vindo da Alemanha, o trio Double Crush Syndrome apresenta em “Die For Rock N’ Roll”, uma pegada crua e direta. Apostando em uma sonoridade suja, com uma certa urgência advinda de suas influências punk, mas que acerta ao dosar de forma bem generosa a atmosfera hard/sleaze, o que já fica bem claro ao ligarmos o visual do grupo ao som que pratica. Não que isso deva ser regra, muito pelo contrário, mas aqui o visual do grupo se encaixa perfeitamente à sonoridade. E a capa entrega isso de forma explícita.

Formado em 2013, o grupo é composto por Andy Brings (vocal e guitarra), Slick Prolidol (baixo e backing vocal) e Julian Fischer (bateria) e mostra em 14 faixas, guitarras nervosas e sujas, cozinha reta, mas pesada e muita adrenalina. Além disso, podemos perceber que a banda não se preocupa com as possíveis limitações impostas pelo estilo, usando e abusando de linhas que fogem do convencional.

Já na faixa de abertura, “Gimme Everything”, podemos perceber essa característica. O vocal também tem sua peculiaridade, o que fica ainda mais destacado quando os backing vocals do baixista Slick entram em cena. Na faixa título temos uma veia mais direta, com um refrão simples e de fácil assimilação, onde as guitarras do vocalista/guitarrista Andy Brings aparecem com mais destaque. Em “Unfriend Me Now”, um pouco daquela veia “sueca” de se fazer hard, acaba aparecendo(não com a mesma desenvoltura).Outras faixas também possuem qualidades como “On Top Of Mt. Whateverest”, que possui linhas mais melódicas e um clima um tanto quanto “sombrio”, “I Wanna Be Your Monkey”, tipicamente feita pra dar aquela “agitada”, a bem trabalhada (principalmente pela sessão rítmica da banda) “Can’t You Be Like Everyone Else” e a pesada “Revolution”, onde as guitarras mostram que dá pra conciliar peso, “agressividade” e melodia, sem que isso soe fora do lugar.

Apesar de bem interessante, falta ao grupo um pouco mais de criatividade, principalmente nos arranjos. Claro que não podemos esperar quebradeiras, solos intermináveis, ou até mesmo aquelas “masturbações” musicais que alguns grupos (principalmente de prog metal – leia-se Dream Theater) fazem em suas composições. O negócio do Double Crush Syndrome é muito mais direto (e legal) do que isso, mas um pouco mais de ousadia fará bem ao grupo.

Indicado aos fãs de bandas tão díspares e tão iguais como Ramones, Sex Pistols, Backyard Babies, Hardcore Superstar, entre outras.

Sergiomar Menezes

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