Hypocrisy – “Worship” (2021)
Nuclear Blast Records | Shinigami Records
#DeathMetal, #MelodicDeathMetal
Para fãs de: Arch Enemy, Kataklysm, At The Gates
Nota: 8,0
Algumas bandas se tornam cultuadas por obras clássicas vindo dos seus primórdios, mas infelizmente se perdem pelo caminho e não repetem o sucesso de outrora. Felizmente os suecos do Hypocrisy não tiveram esse problema e voltam quase 10 anos depois de seu último lançamento, “End of Disclosure” (2013), com um trabalho digno do nome e da importância que a banda tem para o Death Metal.
“Worship” traz todos os elementos que os fãs esperam: guitarras cortantes, urros cavernosos e uma avalanche sonora vinda da mente do gênio criativo Peter Tagtgren. A temática espacial também se faz presente, algo que a banda adotou há alguns anos para os temas de seus álbuns e letras. Já na faixa de abertura, que dá nome ao álbum, podemos sentir toda essa força da banda com uma velocidade incrível, um solo de guitarra com a melodia e brutalidade certa, além da bateria de Reidar “Horgh” Horghagen destruir tudo com blast beats insanos.
“Chemical Whore” é mais cadenciada, feita para bater cabeça, mas sem deixar de lado o peso e com uma letra que fala sobre o uso de drogas farmacêuticas para controlar as pessoas (o nome é bem sugestivo). A faixa ainda conta com um videoclipe sombrio e com uma aura soturna e pesada. “Dead World” continua com a pegada mais cadenciada, alternando em alguns momentos mais velozes e com blast beats, mas que destaca o baixo de Mikael Hedlund que desde o começo da faixa já salta aos ouvidos.
“Another Day” é mais rápida, mais uma vez despejando riffs e com o ritmo que os fãs do Death Metal Sueco esperam da banda. “Gods of The Underground” fecha o álbum de forma dramática e punitiva com um refrão marcante e feito da forma que todos os headbangers apreciam.
“Worship” valeu toda a espera e mostra mais uma vez a relevância do Hypocrisy para o metal extremo. A banda conseguiu trazer todo o sentimento dos clássicos do gênero utilizando toda a tecnologia dos dias de hoje, além de uma capa que o convida a decifrar e capturar todos os detalhes. Ouçam no volume máximo.
Lucas David