Machine Head – “Catharsis” (2018)

26908011_1008044236002527_3481897141509602997_n
Compartilhe


Machine Head
 – “Catharsis” (2018)

Nuclear Blast
#GrooveMetal#ModernThrashMetal

Para fãs de: PanteraProngLamb of GodSepulturaSlipknot

Nota: 8,0

Esta aí uma banda que não tem medo de inovar e sempre crescer, não importa o que fãs xiitas ou crítica nociva venham a falar, os caras colocam a cara para bater, levam porrada mas descem a lenha e o braço sem dó, também! Isso eu chamo de “ganho de causa” ou “confiança no próprio taco”. Ponto para eles!

Nunca, jamais gravaram o mesmo álbum, e em “Catharsis” essa premissa é muitíssimo válida, pois não se parece nem um pouco com seu antecessor “Bloodstone & Diamonds” (2014), muito menos “Unto The Locust” (2011) ou “Blackening” (2007).

O peso e os riffs estão presentes de forma cavalar e como de costume, mas a diferença aqui é a ousadia.

Uma banda como o Machine Head pode ser ousado, como já foi no passado com “Supercharger” (2001), mas dessa vez ousou de uma forma mais ‘pé no chão’, de forma mais bem elaborada e pegajosa.

Os vocais característicos de Rob Flynn deram uma maior amplificada no quesito “modernidade” em certas faixas, trazendo algumas passagens e vocalizações mais groovados como no “New Metal”, lembrando certos momentos Tommy Victor do Prong. Dois bons exemplos disso vão para as faixas “Triple Beam” (boa), “Psychotic” (ótima) e “Screaming At The Sun” (essa nem tanto).

A coragem de compor, gravar e lançar faixas como a totalmente Southern Rock “Bastards”, que poderia estar facilmente num disco do Lynyrd Skynyrd devido a discrepância sonora desta faixa em relação a tudo já feito anteriormente, ou até mesmo a balada “Behind The Mask” que nos remete muito ao lado acústico do Stone Sour, são coisas de gente grande, ou seja, de quem não se importa com críticas, colocando a alma e o coração na ponta do lápis e dos dedos. Agora vai de cada ouvinte gostar dessas ou não. Eu, mesmo tirando o chapéu para Rob e cia por sempre mostrarem “colhões” nas novas músicas, particularmente, ouvi duas vezes ambas e confesso que as pularei daqui por diante, pois eu quero porrada, quero peso, quero agressividade, e essas duas destoam muito das outras 13 faixas, na minha humilde opinião (risos). Ah, isso também se aplica a última faixa, totalmente atmosférica e dispensável, “Eulogy”.

A produção é outra coisa que não posso deixar de citar, pois ficou claramente mais cristalina, mais pasteurizada, e não menos pesada e visceral como seus últimos lançamentos, principalmente na bateria do monstro Dave McClain que é nítido estar mais bem timbrada e mixada.

Destaco a abertura com os dois pés no peito de “Volatile”, a arrastada “Beyond The Pale” que a cada riff levamos um soco no queixo, “California Breeding” com sua sonoridade agressiva no melhor estilo “Burn My Eyes” com “Blackening”, a outra cacetada “Kaleidoscope”, e cacetada é com eles mesmo, a progressiva cheia de técnica “Heavy Lies The Crown” e a raivosa “Razorblade Smile”.

Se eu fosse comparar “Catharsis” perante toda sua vasta discografia, eu o colocaria como uma junção híbrida e fascinante do melhor da modernidade de “Supercharger” com o fabuloso “Unto The Locust” e um pouco do “Through The Ashes Of Empires” (2003). Se será um novo clássico só o tempo dirá. Eu o adorei, gostei até mais que “Bloodstone & Diamonds” e tenho certeza que vocês vão concordar comigo numa coisa: os caras são fodas!

Johnny Z.

Compartilhe
Assuntos

Veja também