RavenWord – “Transcendence” (2020)

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RavenWord – “Transcendence” (2020)
Rockshots Records
#SymphonicMetal#SymphonicPowerMetal

Para fãs de: DelainSonata Arctica

Nota: 9,0

O mundo da música não via uma mistura tão perfeita entre Sonata Arctica e Delain desde que Chatlotte Wessels cantou “Last Drop Falls” com os finlandeses e viu Tony Kakko assumir temporariamente os vocais para salvar a holandesa de ter que cantar os versos “walking in the cool night air without underwear”. Comparações de lado, os italianos do Ravenword fincaram a bandeira na fronteira entre o Power e o Symphonic, aliando o vocal feminino (mas não super agudo) de Chiara Tricarico com bateria veloz e muitos solos de teclado que fazem do disco de disco de estreia da banda, “Transcendence”, um desfile de boa produção e ótimas ideias.

Logo de cara, “Blue Roses” e “No More” apresentam as credenciais com bastante estilo, mostrando personalidade e senso melódico. Logo depois, “Lullaby of the Last Petal” é uma bonita balada protagonizada por Chiara e o tecladista Davide Scuteri – as duas estrelas do disco. Já “Purity” traz alguns versos em italiano, o que sempre agrega um elemento surpresa. Alguns tímidos coros surgem e trazem mais dinâmica para a música. Por outro lado, “Rain of Stars” sintetiza o ótimo trabalho de Davide nas teclas: introdução mostrando destreza no piano e ao longo da música um trabalho com timbres variados que agrega muito.

Cada música tem o seu porquê, mas uma ligeira redução no set de 13 para talvez 10 músicas não cairia mal. O tamanho longo do disco foi sim um tiro mais forte do que o calibre. Voltando ao repertório, mais para frente, “What I Need” dá um gostinho de Chiara cantando em registro mais lírico e “The Swansong” é aquela clássica balada emotiva que vai crescendo para o final. “Dylan” é a mais Power Metal do disco, mais reta, com interlúdio de órgão e um solo de baixo ao estilo “Eagle Fly Free”.

Em seu disco de estreia, o Ravenword começou muito bem, com personalidade, técnica, produção e arranjos de primeira. É claro que sempre há espaço para eventuais melhorias e lapidações, mas “Transcencende” tem o saldo positivo de qualquer maneira. Por fim, só resta torcer para que os solos de teclado de Davide inspirem mais bandas a colocar esse instrumento em pé de igualdade com a guitarra.

Gustavo Maiato

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