Autopsy – “Morbidity Triumphant” (2022)

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Autopsy“Morbidity Triumphant” (2022)
Peaceville Records
#DeathMetal, #DeathDoomMetal

Para fãs de: Incantation, Asphyx, Gorefest

Nota: 9,0

Nos últimos anos muitos discos de Death Metal foram lançados, muitos de bandas mais novas como Undeath, Necrot, 200 Stab Wounds, para citar algumas. Tentando não ficar para trás, houve também grandes lançamentos de bandas veteranas no estilo como Cannibal Corpse, At The Gates, Bloodbath e Asphyx, todos provando que ainda tem o que é preciso para trazer o melhor do Death Metal.

Agora, quando se fala daquelas do mais alto escalão do Death Metal, que ainda lança novas e brilhantes músicas, damos espaço ao Autopsy. Indiscutivelmente uma das primeiras bandas que vem à mente quando se fala sobre o sangue encharcado e o horror dos filmes em forma de áudio, qualquer novo registro da banda deve ser tratado como muito barulho e emoção. “Morbidity Triumphant” é o sucessor de “Hacksaw Tourniquet”, de 2014, e marca o fim do hiato de oito anos da banda sem esse tipo de material. O disco acerta em cheio o ouvinte logo nas primeiras notas de “Stab to The Brain”, sabiamente intitulada de acordo com sua ferocidade.

Os riffs de guitarra, o baixo saltando aos ouvidos e os vocais insanos de Chris Reifert fazem você se sentir em casa, relembrando o que a banda apresentou em seus primeiros, e clássicos, álbuns. Aliado a Chris, os guitarristas Eric Cutler e Danny Coralles, e o novo baixista Greg Wilkinson, fazem esse álbum parecer urgente, como algo proibido de se ouvir, com todo seu gore e peso, além das passagens com a pegada Doom característica da banda. “Final Frost” é um exemplo dessa mistura que ainda funciona, com a velocidade e as partes cadenciadas intercalando magistralmente, além dos solos furiosos que são distribuídos ao longo da faixa.

Músicas como “The Voracious One” é outra pedrada com um ritmo mais lento, destacando as viradas de bateria de Chris, além de seus vocais que, novamente, soam doentios e como se estivesse cuspindo sangue em seus ouvidos. “Tapestry Of Scars” é bem mais cadenciada, até despontar em um solo de guitarra frenético e “Knife Slice, Axe Chop” é uma das melhores faixas, outra pancada tão poderosa quanto a música de abertura, e ainda conta com um videoclipe assustador e grotesco. “Maggots in The Mirror” traz a veia mais Grind da banda, sendo a mais curta (apenas 1min42) e “Your Eyes Turn To Dust” fecha o disco com todos os elementos citados e mostra seu poder no Death Metal e como a banda ainda tem paixão pelo que estão tocando.

Aliado a uma capa que mantém o gosto de sangue fresco na boca mesmo após o álbum acabar, cortesia do mestre Wes Benscoter, “Morbidity Triumphant” é um disco que se destaca no catálogo do Autopsy, figurando entre os melhores lançamentos. O som da banda está novamente estruturado e seu status como lendas do gênero se mantém intacto, pois este é um álbum que contém tudo o que faz a banda ser incrível, desde os grooves brutalmente sujos e as letras de arrepiar até os riffs e solos de guitarra mais do que inspirados. O álbum é um exemplo de que devemos estar felizes com lançamentos como esse, e mostra que a banda voltou da cova e está soando mais potente do que nunca, e esperamos que continuem assim.

Lucas David

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