Dimmu Borgir – “Godless Savage Garden” (EP) (1998) (Relançamento 2025)

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Dimmu Borgir – “Godless Savage Garden” (EP) (1998) (Relançamento 2025)

Nuclear Blast | Shinigami Records
#BlackMetal #SymphonicBlackMetal

Para fãs de: Cradle of Filth, Emperor

Texto por Mauro Antunes

Nota: 9,0

O ano era 1998, e eu já não era mais nenhum garoto. Na época, o que um headbanger como eu tinha de mais relevante era conhecer bandas novas através de publicações em revistas como Rock Brigade e a então iniciante Roadie Crew, que já começava a dar pitacos importantes sobre novas bandas.

Chegou um dia em que me deparei com a resenha do EP Godless Savage Garden. Sim, o objetivo desta resenha… e, depois de lê-la, não teve jeito: tive que ir à Galeria do Rock procurar algo sobre o Dimmu Borgir. E foi, de fato, amor à primeira audição, algo que balançou as estruturas cerebrais deste redator que vos escreve.

Hoje, quase 27 anos depois, cá estou eu para falar deste que é um dos lançamentos que mais me impactaram na vida. Godless Savage Garden é um EP composto por duas faixas inéditas, duas regravações do primeiro trabalho, For All Tid (1995), um cover e algumas faixas ao vivo. Lendo este parágrafo, dá quase para afirmar que o disco é um mero catadão ou caça-níqueis, mas seu conteúdo é tão brilhante que se trata de uma obra indispensável para qualquer fã da banda liderada pela dupla Shagrath (vocal) e Silenoz (guitarra).

As duas faixas inéditas, Moonchild Domain e Chaos Without Prophecy, são sobras de estúdio do álbum anterior, o espetacular Enthrone Darkness Triumphant (1997). Apesar de terem um andamento mais lento, poderiam tranquilamente ter feito parte do álbum. As regravações, Hunnerkongens Sorgsvarte Ferd Over Steppene e Raabjørn Speiler Draugheimens Skodde, ficaram muito mais agressivas que suas respectivas versões originais. Uma verdadeira covardia comparar essas versões com as anteriores. Ah, e ainda tem o maravilhoso cover do Accept, dando uma nova faceta ao clássico da banda alemã.

O lançamento original apresentava apenas mais três faixas ao vivo. Mourning Palace e Spellbound (By the Devil) são materiais bônus desta versão deluxe, gravados em São Paulo/SP durante a primeira apresentação da banda em nosso país. O Credicard Hall estava simplesmente abarrotado neste dia!

Se você, caro leitor, for um iniciante em Dimmu Borgir, Godless Savage Garden é uma boa opção para ouvir logo de cara. Apesar de não ter o glamour de um Puritanical Euphoric Misanthropia (2001), por exemplo, o EP é repleto de momentos marcantes, com sombrias melodias de teclado a cargo de Stian (nas faixas de estúdio) e brutais performances ao vivo dos caras em seu auge. Imperdível!

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