Epitaphe – “I” (2019)

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Epitaphe – “I” (2019)
Aesthetic Death
#DoomDeathMetal#FuneralDeathDoomMetal

Para fãs de: AtaraxieEsotericIncantationFetid

Nota: 9,0

E (mais uma) grata surpresa oriunda da França, alias que magnífica surpresa! O que o Epitaphe apresenta em seu disco de estréia é de deixar qualquer bom fã de Funeral Doom e até mesmo de Death Metal, estático e estupefato, tamanha a profusão de obscurantismo, desespero e negatividade que sai do mesmo.

Ultrapassando os teares da razão e abraçando por completo a insanidade, “I” é um obra caliginosa, intensa, tórrida e plenamente aterradora. Apenas cinco composições em pouco mais de uma hora, mas engana-se quem espera por algo nos padrões tradicionais do Funeral Doom, pois há inúmeras quebras de andamento, passagens hiper rápidas e muito caos, trechos lentos e climáticos são rompidos a todo momento por blast beats avassaladores, vocais odiosos e riffs que vão do Death ao Black Metal.

Dois monólitos são incumbidos de abrir e encerrar o disco, sendo eles, “Smouldering Darkness” e a esplendorosa, “Monolithe”. Colossais e grotescas, negativas e perturbadoras, com a banda abusando das doses de Death Metal (entende-se, Morbid Angel, Incantation e nomes mais jovens, como Sulphur Aeon e Disma), claro que sem perder sua identidade e postura Doom. “Embers” e “The Downward Stream” são mais “diretas”, mas dentro do conceito do disco, já que ambas, se somadas beiram os vinte minutos da mais pura destruição e miséria. “Rêverie” é um interlúdio que serve para recuperamos o fôlego e dissipar temporariamente a opressiva escuridão que se faz presente por todo disco.

Confesso que foram poucas às vezes em que senti uma atmosfera tão densa e maligna num disco, “I” é sufocante e instigante, caos e absurdo em forma de música. Imperdível!

Fábio Miloch

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