In Flames – “Lunar Strain/Subterranean” (1995) (Relançamento 2024)

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In Flames – “Lunar Strain/Subterranean” (1995) (Relançamento 2024)

Nuclear Blast | Shinigami Records
#MelodicDeathMetal

Para fãs de: Arch Enemy, At The Gates, Soilwork, Dark Tranquillity

Texto por Mauro Antunes

Nota: 8,0

O álbum de estreia do In Flames, lançado há mais de 30 anos (é, meus amigos, o tempo passa rápido!), representa um momento único na carreira da banda. É cru, ríspido e pesado, mas, ao ouvi-lo hoje, já conhecendo toda a trajetória do quinteto sueco, percebemos que ele dava pistas do lado melódico que a banda seguiria ao longo de sua carreira. Desde então, o In Flames lançou, até janeiro de 2025, mais 13 álbuns de estúdio. Apesar de a mudança de direcionamento ser clara e evidente ao longo dos anos, a veia melódica extrema, sem a necessidade de velocidade na maior parte do tempo, sempre foi predominante — e continua sendo.

Vamos analisar com calma: a faixa de abertura, a mega clássica “Behind Space”, foi regravada no álbum Colony (1999). Já “Clad in Shadows” apareceu regravada em versões mais recentes de Whoracle (1997), talvez um indício de que a própria banda acreditava que essas faixas poderiam ser, digamos, modernizadas. “Everlost Pt. II” é completamente fora da caixa, com os vocais líricos de Jennica Johansson, enquanto a música folk sueca “Hårgalåten” adiciona outra camada experimental ao disco.

As outras faixas são pura pancadaria! A faixa-título, a incrível instrumental “Dreamscape” e “In Flames” mostram uma banda mais inclinada ao lado melódico do que ao sombrio, que parecia predominar na cena de Gotemburgo naquele momento.

Pouco mais de um ano após o lançamento de Lunar Strain, a banda lançou o EP Subterranean, uma evidente continuação do álbum anterior. Destaque para a obscura “Stand Ablaze” — uma faixa que, regravada, poderia ganhar ainda mais impacto, já que seus momentos mais rápidos merecem ser melhor explorados. Além disso, o EP traz boas músicas, como a faixa-título “Subterranean” e “Biosphere”. Versões posteriores do EP incluíram bônus como covers de Metallica e Iron Maiden, evidenciando que a banda também tinha seus heróis e influências fora da Suécia.

Este trabalho possui, sim, uma relevância grande na formação de caráter que antecedeu os clássicos que viriam a seguir, mas não está no mesmo patamar. Bom, e ponto final!

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