Nuclear Power Trio – “Wet Ass Plutonium” (EP) (2023)
Metal Blade Records
#ProgressiveRock
Para fãs de: Primus, Joe Satriani, Dream Theater, The Winery Dogs
Texto por Caio Siqueira Iocohama
Nota: 8,0
O trio formado por Donald Trump, Vladimir Putin e Kim Jong-Un, lança seu primeiro álbum de estúdio: “Wet Ass Plutonium”. Após deixar uma primeira impressão fantástica com o EP “A Clear And Present Rager”, de 2020, resenhado por este que vos subscreve, a banda retorna para um trabalho completo.
Para os curiosos pela identidade dos membros por trás das máscaras, houve breve menção na resenha que fizemos do trabalho anterior aqui e, aparentemente, a formação continua a mesma.
O álbum se inicia com a faixa título abreviada: “W.A.P. (Wet Ass Plutonium)”. Assim como o EP anterior, a habilidade musical é fantástica. O baixo de Putin se destaca bastante e é bem técnico, acompanhando os riffs de Donald Trump, enquanto Kim Jong-Un quebra tudo na bateria. Infelizmente a produção não é tão “clara e limpa” quanto o EP, mas não diminui tanto a qualidade da melodia. Por sinal, um pouco a frente da metade da música, tem um breve, mas belo e pesado riff.
“Apocalypse Mao” é diferente do usual uma vez que tem teclados ao estilo do grupo Yes e essa sonoridade diferenciada também aparece em “Nyetflix And Chill” que tem uma vibe bem brasileira Bossa Nova, além de saxofone, fugindo bem da proposta apresentada no incrível “A Clear And Present Rager” e tem um vídeo clipe bem bacana e divertido (que está ao final da página).
Como o próprio nome já indica, “¡Vamos, Brandito!” tem forte influência da música latina e tem excelentes linhas de baixo e ótimos riffs de guitarra. Na reta final de “Anti-Saxxers (Mandatory Saxination)” a guitarra é fenomenal, vale a pena conferir. Voltando à vibe de Yes, “Critical Bass Theory” também tem bastante teclado que acabam ofuscando os excelentes riffs que são tocados ao fundo.
Finalizando com “Red Scare Bear Store”, que alterna bastante a sonoridade, “Wet Ass Plutonium” é “estranho, mas tolerável”. Talvez por ser 100% instrumental, um álbum com 9 músicas, totalizando 37 minutos de duração, acaba sendo consideravelmente cansativo. Ou, talvez, a expectativa estava extremamente alta porque o EP anterior, “A Clear And Present Rager” é uma obra prima que pode constar na lista de “25 álbuns que eu levaria para uma ilha deserta”, ou ainda a produção que deixa um pouco a desejar.