Therion – “Lepaca Kliffoth” (1995) (Relançamento 2024)
Nuclear Blast Records | Shinigami Records
#DeathMetal #SymphonicMetal
Para fãs de: Celtic Frost, Moonspell, Rotting Christ
Texto por Caio Siqueira Iocohama
Nota: 8,5
O Therion fez uma mudança audaciosa com o lançamento de Lepaca Kliffoth, seu quarto álbum de estúdio. Após trilhar o caminho do death metal clássico, a banda sueca decidiu explorar novas direções, experimentando com coros e melodias sinfônicas que marcariam uma transição para o estilo sinfônico pelo qual ficariam conhecidos. O álbum captura bem o equilíbrio entre o peso do death metal e uma atmosfera sombria e mística, trazendo temas de mitologia que definem a estética da banda.
A faixa de abertura, “The Wings of the Hydra”, já traz uma introdução cheia de peso e um toque obscuro que remete ao estilo mais tradicional da banda. Logo em seguida, “Melez” começa com um baixo muito bom e uma bateria, digamos, “animada”, em uma fusão que prepara o terreno para o que está por vir. Um dos destaques é “The Beauty in Black”, em que o Therion integra um coro feminino, criando uma atmosfera única que prenuncia o caminho mais operístico que viria a seguir. É uma faixa que equilibra intensidade e melodia, sendo um dos pontos altos do álbum.
A segunda metade de Lepaca Kliffoth se aprofunda ainda mais na mistura de death metal com arranjos mais melódicos. “Riders of Theli” é uma faixa pesada, mas com momentos mais cadenciados e um toque sombrio, que lembra a influência de bandas como Moonspell. Outro destaque é “Sorrows of the Moon”, um cover de Celtic Frost, que tem uma pegada de gothic metal. Essas músicas capturam bem a transição da banda e mostram como o Therion estava disposto a experimentar e evoluir.
Fechando o álbum, “Evocation of Vovin” é uma faixa divertida, ao estilo de “Melez”, mencionada anteriormente. Os teclados se destacam, e o riff é excelente, com uma leve influência de Iron Maiden. Lepaca Kliffoth é um álbum essencial para quem quer entender a jornada do Therion do death metal ao metal sinfônico. Com sua produção mais crua e uma variedade de influências, ele cria uma atmosfera distinta que mistura peso e misticismo.