Vader – “Solitude In Madness” (2020)

Nota: 8,5

O Vader é o típico exemplo de banda que quando vai lançar material novo, brota na cabeça dos fãs o seguinte questionamento: “Será que estará tão pesado quanto na fase ‘Litany (2000) ?!'” Também, não é pra menos, já que os poloneses impressionaram bastante quando lançaram aquele grande clássico, bem como muitos dos discos que se sucederam até então. Eis que neste ano de 2020, temos a estréia tão esperada do seu décimo sexto álbum de estúdio; “Solitude In Madness”. Vamos a ele.

Tive a oportunidade de escutá-lo por três vezes e, infelizmente, a minha constatação se manteve: É um disco com um enorme potencial instrumental, letras muito intensas e peso aplicado da melhor maneira. No entanto, a duração do disco influi MUITO na hora da sua audição, visto que possui onze faixas ao todo e não chega a durar nem meia hora. É uma sensação de interrupção que poderia ter sido melhor aplicada e que não teria deixado a sensação final de “quero mais”.

O disco segue bastante as premissas instrumentais de um “The Empire (2016)”, além de uma cadência impactante e não menos pesada como mostrado em “Welcome To The Morbid Reich (2011)”, mas, a meu ver, ainda não resgatou a fase insana e desenfreada de “Litany (2000)”.

São faixas curtas e, até certo ponto, interessantes. Não direi que são “marcantes” pois, como já dito, a duração não permite e a obra “estaciona” e deixa de se desenvolver com afinco.

De qualquer forma, o Vader sabe se portar diante de um novo lançamento e, principalmente, consegue se reinventar num próximo trabalho de estúdio. Não foi impactante como se previa mas, ainda assim, é digno de ser escutado muitas vezes. Não deixem de conferir.

Aldemar Ferreira